Quem, algum dia, não alimentou (ou "ruminou"?) um amor platônico?
Quem, algum dia, não sonhou acordado,quem não teve suas mais secretas paixões, fantasias ou seja lá o que for por alguém inacessível?
Pois bem, um dia sucumbi a esse tal sentimento por um tal homem muito especial.
Era menina ainda quando o conheci...grande amigo de meu pai.
Ficaram sensações represadas.
Ficaram lembranças lindas.
Ficou a inspiração.
Ficaram as palavras....despejadas há tempos atrás.
Quem, algum dia, não sonhou acordado,quem não teve suas mais secretas paixões, fantasias ou seja lá o que for por alguém inacessível?
Pois bem, um dia sucumbi a esse tal sentimento por um tal homem muito especial.
Era menina ainda quando o conheci...grande amigo de meu pai.
Ficaram sensações represadas.
Ficaram lembranças lindas.
Ficou a inspiração.
Ficaram as palavras....despejadas há tempos atrás.
(...)
Estar em contato com você ...
É "incorporar" algo de Fellini e Almodóvar .
É uma terapia -Jung e Lacan, juntos, não dariam conta.
È alegria de infância remota, frio na barriga de primeiro beijo, excitação de primeiro amor, turbulência de primeira paixão, alento de bem-querer, sensações intrigantes, fantasias de menina´- mulher, aprendizado, uma viagem ao tempo, descobertas.
É falar o que sinto, sem disfarces, e sentir coisas inexplicáveis.
É imaginar o inimaginável, pensando ser possível.
É ir em busca de Moinhos de Vento.
É querer apenas vê-lo, senti-lo ou amá-lo como se fosse a última vez...ou a primeira de muitas outras que se seguiriam, quem sabe?
É querer fazê-lo a pessoa mais feliz do planeta, sem nada em troca... talvez por um dia, por uma noite, pra vida toda ou fazer deste sonhado momento uma “eternidade fugaz”.
É querer ficar por perto de você, nos seus altos e baixos.
È querer me embriagar sempre de suas palavras como se fossem elas um delicioso vinho de bouquet denso, eterna fonte de prazer.
É um querer-bem infindável.
È estar de mãos dadas, pra sempre entrelaçadas.
É TEADORAR eternamente...sentindo seu cheiro, seu abraço.
É te mostrar todo o meu Oriente, todos os mistérios de um amor, paixão, admiração ou a mistura disso tudo, contido há séculos.
É querer ouvir Love me Tender no escurinho do cinema, grudada em você.
È ouvir Robertão de 30 anos atrás ( O Portão) e chorar...”Eu voltei agora pra ficar, porque aqui, aqui é meu lugar”...
É ser repetitiva e repetitiva e repetitiva como uma “velha coroca”.
É ficar desconectada do mundo real e simpatizar apenas com a ficção, com a fantasia.
É escrever desenfreadamente, sem reler nada.
È tomar banho de cachoeira imaginando estar ao seu lado.
É ouvir Jazz, Blues ou o melancólico Chopin e viajar com vc, em meu pensamento, por lugares indescritíveis.
É querer chutar tudo pro alto e seguir minha intuição ou o nonsense.
É querer te esperar eternamente.
É querer te ouvir incessantemente.
É ser meio besta, atrevida, insolente... é jogar os bons modos pro espaço.
É enxergá-lo não mais como um “mito”.
É ser eu mesma sem me importar, agora, com mais nada.
È querer a toda hora que venha, venha, venha e venha...
É querer ardentemente que arrebente esse seu maldito aquário e que se liberte de tudo o que te aprisiona.
É querer ser sua gueixa e deixá-lo entregue nos meus braços, redoma de paz.
É querer te apontar uma nova direção.
È querer fazer uma imensa horta junto com você, cheinha de temperinhos -ervas de “Provence”.
È querer tirar uma foto abraçadérrima com vc embaixo de um ipê rosa, roxo ou amarelo.
É querer continuar dormindo de janela aberta, vendo e ouvindo estrelas.
É querer chupar jabuticabas no pé.
È amanhecer encantada com a vida.
É querer lhe fazer cafuné, massagens relaxantes ou nem tanto e “comidinhas pra depois do amor”, como diria Vinicius.
É tomar garapa acompanhada de pastel de queijo.
É ver o pôr do sol deitada no teu peito.
É sentir o silêncio de uma boa pescaria.
É ser sua Odalisca em “sonhos de uma noite de verão”.
É pegar uma longa estrada, em noite de lua cheia, sem hora pra chegar ou voltar.
É ouvir Summertime na voz de Janis Joplin e querer te encher de beijos e beijos e beijos.
É ouvir Atrás da porta da Elis e “querer debruçar-me sobre o teu corpo, reclamando o teu carinho baixinho...te adorando pelo avesso...até provar que ainda sou sua...”
É querer voltar no tempo pra ficar embaixo da mesa da minha mãe reparando em seus lindos sapatos.
È querer te fazer ter menos sono e mais sonhos, muuuuiiiiitos... interessantes e lindos sonhos.
È querer recompensá-lo por ter preenchido docemente minhas fantasias, protagonista de meus deliciosos e tresloucados devaneios juvenis.
È querer dançar um bolero olho no olho.
È querer que “apenas soubesse que aquela alegria ainda está comigo, e que a minha ternura não ficou na estrada, não ficou no tempo, presa na poeira, que esta menina hoje é uma mulher e que esta mulher é uma menina que colheu seu fruto, flor do seu carinho, e que a atitude de recomeçar é todo dia , toda hora, que não teme o corte de novas feridas e que tem a saúde da vida”...
É querer te ajudar a recolher os cacos velhos do caminho e transformá-los em um lindo “castelo” bem-assombrado ou, no mínimo, bem-ensolarado.