Este blog destina-se a inserir algumas informações que possam ser úteis e, principalmente, que possam inspirá-los a algo interessante que fuja da mesmice. Atualmente, Mestranda em Divulgação Científica e Cultural, no Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo-LABJOR/UNICAMP, venho me interessando pelo funcionamento do discurso em diversas plataformas midiáticas, na constituição, formulação e circulação desses discursos.
Tio Rubens Jemael, Paulinho Tavano,Sr.Luiz Gallani,seu filho Lelo e Beni Nallin
Cosmópolis: a Cidade-
Universo de pessoas muito queridas.
“Dou graças ao Senhor
por tudo que recordo de vós” - Filipenses:1.3
São muitas as pessoas lindas e queridas, são muitas as histórias que tenho em minha memória
e em minhas retinas. São muitas as passagens, lindas recordações que vêm em “flashes” em minha memória como um loooongo filme, recheado de cenas que
adoçam a minha alma, sempre! Imagens,
cenários, personagens...pessoas de uma terra que me faz sempre dar graças
ao Senhor por me remeter a tão bons sentimentos, por tudo de bom que dela posso
recordar e abstrair. Uma cidade que não é apenas um quadro pendurado na parede de casa: é a cidade(meu cosmos) que me remete a pessoas que me inspiram, que fizeram parte de
coisas muito bem vividas e muito bem sentidas. Cidade onde estão minhas raízes,
cenário de minha infância e juventude.
Julieta Trevenzolli, a
Dona Ju, e o Sr. Luiz Gallani são
duas das muuuitas pessoas inesquecíveis dessa minha cidade, desse “meu cosmos”.
Duas pessoas iluminadas que partiram deixando seus rastros luminosos entre nós.
Dona Ju, a princípio a Julieta da Dona Amélia e do Sr.
Nicola, depois a Julieta do Sr. Tito- o “seu Romeu” - tinha em seu constante sorriso a tradução da alegria
imensa de viver, a força e a
determinação: uma mulher carismática. Soube fazer do seu dom de ensinar o seu
lema de vida. O amor com que abraçou a sua profissão – Professora tão amada!- estendeu-se a todos ao seu redor, irradiou por
onde passou. Suas atitudes, suas palavras, seus gestos, sua dedicação e seu
carinho para com todos que a rodeavam expressavam a nobreza de sua alma, a
nobreza do seu “ofício maior”.
Dela me lembro desde muito menina com seu olhar terno, com seu
sorriso a me cercar na calçada perguntando sempre do “papai e da mamãe”. Depois em bailes
com o seu companheiro de todas as horas-não menos carismático-, o Sr. Tito
Trevenzolli. Casal presente em todos os
bailes, casal lindo e amoroso, casal ímpar, almas afins. E como dançavam...lindamente!
Era muito lindo ver Dona Ju e Seu Tito juntos. Eram
inspiradores o amor, a união deles! E que bela família formaram!
Quando iam à loja do meu pai eu os observava a conversarem longa e animadamente com meus
pais. Eu ficava fascinada com a conversa, com a admiração recíproca dos casais,
com o jeito de falar da Dona Ju, com a elegância dela, com a alegria e ternura dela!
Carrego, hoje, em meu olhar, a imagem do casal em noite de
baile no CFC...
Sr. Luiz Gallani e a esposa, Dona Alice
E quanto ao Sr. Luiz Gallani,
homem desprovido de um certo “sentido”
- a visão -, soube fazer despertar todos os “sentidos maiores” com seus acordes,
com sua voz, com sua sensibilidade ímpar,
com sua maneira peculiar de enxergar o mundo, com seu amor desmedido pela
família- e com todos a sua volta- através de sua postura nobre, de seu jeito de “sentir” o mundo. Homem digno, homem honrado, homem
sábio e que deixou -além de sua música a ressoar em todos nós, cosmopolenses- também uma linda
família.
Lembro-me do jeito dele, seguro, firme e, ao mesmo tempo, tão
doce! Lembro-me dos seus ensaios com meu tio Rubens, Tio Rage, com o Carão, com
o Paulinho Tavano ... Lembro-me das
músicas , dos acordes que despertavam meu coração de menina pra emoções
incontidas. Despertavam-me para a linguagem maior, aquela que não se poderia traduzir em palavras, a que
tocava todos os meus sentidos, a que me transportaria, mais tarde, para outros “entendimentos
da vida”.
Sabemos que a morte é inevitável. Sabemos que o corpo morre; porém a essência, o espírito jamais. Sabemos da
fugacidade, da efemeridade da vida, mas a
nos é sempre desalentadora a partida de
pessoas por quem temos grande apreço, grande admiração; pessoas que nos são caras por aquilo que nos “presenteiam” - quer sejam
durante a vida toda ou quer sejam em momentos que valem uma vida inteira - enquanto
conosco estiveram: suas essências
luminosas.
Estes amigos tão queridos,
Dona Ju e Sr. Luiz Gallani, que se foram
deixando o melhor deles para nós –em nossos corações,
em nossas memórias – deixam o céu ainda mais iluminado e a certeza de que Deus e todos os Seus Anjos os recebem com imensa alegria, lindas melodias e todas as
honras que lhe são cabidas!
(...)
E que Senhor, em sua
infinita misericórdia, conforte a todos os familiares e amigos...
Elas são irmãs, são parceiras na vida, na garra e na determinação. Essa parceria é linda de se ver, de se sentir! E é
a lembrança dessas duas incríveis
meninas, amigas queridas que, hoje, nesta madrugada fria, me inspira. Ambas são do elemento Terra, o que traduz senso de justiça, perseverança, solidez, resistência ,
disciplina e, principalmente, os “pés no
chão”, arraigados a suas origens.
Eu as conheço há muito tempo, desde sempre: dos tempos de
Usina Ester, na colônia, em tempos de Paredão; depois na “vila”, em Cosmópolis,
em bailes e festas. E, com elas, dividi
muitos bons momentos!
Elas são filhas de Domingo – por ter nascido em um domingo, fora assim batizado o pai das
meninas - e de Helena, progenitores
descendentes de italianos, de cujas famílias de imigrantes se fizeram em Cosmópolis.
Domingo, mais conhecido como Seu Tote, o severo pai,
com uma
certa rudeza nas atitudes e
comportamento - um “turrão”, “um cabeça-dura” para uns; grosseiro ou “casca-dura” para outros –deixaria rastros indeléveis na educação dos filhos
(elas também têm um irmão, o Juca ) pela
intransigência, pela severidade, pela ausência de sutilezas no trato com os filhos, pelo jeito inflexível
de ser: uma pessoa emblemática, figurinha carimbada em muitos “causos” da
cidade. Chegam a ser cômicos os relatos sobre ele, tamanha a “sisudez” desse
senhor. Mas, a despeito dessa
não-demonstração de seu afeto
para com a família , Domingo sempre foi
um homem trabalhador-nesse quesito, inquestionável, muito bom profissional!
Helena, a mãe, contrapõe ao pai com sua leveza de ser, com sua doçura, com
seu jeito terno de ser. Sempre engoliu seco as “má-criações” do homem que escolhera
para ser seu companheiro até que a morte os separasse. Helena, de nome
inspirador, que poderia nos remeter “ a mulheres de Atenas”, a Helena do
Domingo- sim!-, também poderia servir de
inspiração para poetas, músicos e também musa em centenas de versos de tantas canções ou
protagonista de grandes histórias. Caberia muito bem a essa mulher tão querida,
tão humana, tão sábia e, principalmente, batalhadora vitoriosa, todas as deferências e reverências.
OS PAIS DAS MENINAS: SEU TOTE E DONA HELENA
Pois bem, então as
meninas cresceram e, entre tantos espinhos e algumas certas ciladas do Destino,
seguiram elas determinadas com Fé e, principalmente, alimentadas pelo
Amor de Helena. Em alguns momentos foram mal interpretadas; em outros,
discriminadas. Porém, seguiram elas pela vida, sendo coroadas pelo êxito de
realizações inúmeras.
Tornaram-se lindas mulheres não só na aparência – elas
arrancavam suspiros por onde passavam!-, mas em suas lindas essências cristalinas que, ao nosso primeiro “olhar além”, transmitem generosidade, compaixão,
solidariedade e, principalmente, a sensação de meninas muuuito do bem!
Estudaram, formaram-se excelentes profissionais, viajaram pelo mundo,
vivenciaram situações lindas. Hoje são
respeitadas, admiradas – e, por vezes, até invejadas! E o melhor de tudo: ainda
preservam o mesmo jeito de ser e de sentir a vida.
As meninas – haha – são elas, as irmãs Gagliardi, a
Izabel e a Maria Helena. Pronto,
falei!
A Izabel – Bel - tem um jeitinho meio turrão – ih, acho que
é do Seu Tote- que funciona como escudo
pra se defender de outras possíveis “
ciladas”, mas sempre foi doce, sensível demaaais da conta! E, com todos os
desafios a ela impingidos, tem se saído muito bem em tudo a que se propõe fazer. O jeito dela que, por vezes, traduz
certa melancolia ou uma certa tristeza ; talvez seja porque Saturno ,o planeta que rege o seu signo , tenha a
estranha mania de conduzi-la ,por vezes,
a um comportamento restritivo-pessimista que pode levá-la a uma certa
introversão ou isolamento. Nada que
Mercúrio, o que rege o signo da Maria Helena, não possa amenizar já que esse
planeta, mais próximo do sol, representa a infância com seu transbordamento de
vitalidade e ação!
LENA E BEL: BELAS E ADMIRÁVEIS MULHERES
A verdade é que essa menina, a querida Bel, tem um poder que ela nem desconfia que
tem. E o magnetismo que ela exerce sobre as pessoas ao redor dela é algo
encantador! (E, a qualquer momento, quando ela estiver pronta, muitas lindas surpresas serão lançadas em seu
caminho).
A Maria Helena - Lena
- é a outra menina por quem tenho grande
admiração. Ela me acompanhou mais de
perto em tempos áureos e, juntas, vivenciamos grandes momentos de uma época muito bem vivida.
Tem um fato que me marcou. Foi em uma ocasião em que
certa forasteira, “travestida” de colunista social , disparou aos quatro ventos
que ela era uma “DESLUMBRADA” –
ao que ela não rebateu, apenas baixou o
olhar. Sofreu calada a injúria. E o tempo provou quem era quem. Ah, o tempo, o
grande senhor da verdade! E pra que
rebateria Maria Helena, digna e
sábia, se a vida deu a ela o que a maioria
desejaria ter, tempos depois?
Hoje ela tem uma
linda família-sua herança, sua bênção maior- e, a despeito de qualquer coisa que se questione, resgatou tudo o que a
vida, um dia, havia lhe negado.
A simplicidade, a humildade e a honestidade
dessas meninas são tocantes. É
o que me encanta , o que me
inspira. Pode o tempo passar, ,ficarmos
anos sem nos falarmos mas quando
nos reencontramos, nós nos reconhecemos
– quer sejam pelos lindos momentos ou
por outros não tão lindos que vivenciamos, mas sempre por laços que nos remetem
a uma certa cumplicidade e admiração. Sempre!
Ah, não posso terminar sem mencionar aqui que o Juca saiu-se
uma pessoa admirável!
Não é que a “mistura” do Sr. Domingo-Seu Tote- com a D. Helena rendeu lindos e bons frutos?
Ué, não é “pelos frutos que se conhece a árvore”? Pois, então, constatem vocês
aí se assim não é?
E essas meninas seguem juntas, mais unidas do que nunca,
solidárias a causas nobres, meninas com sutilezas de alma, meninas de atitude!
Pessoas que sabem a que vieram!
Meninas da minha terra...pessoas que, por onde passam, marcam pra sempre!
Ofereço a "inspiração" abaixo a todas as mulheres,
sejam elas incautas ou não, mulheres apenas e, como tais, com a essência do
amor, as que se entregam ao parceiro sem reservas, as que acreditam no amor,
que fantasiam ou idealizam, que esperam dos relacionamentos parceria,
cumplicidade e, principalmente, respeito e troca.
Antes que qualquer pessoa venha a me perguntar se esta
"carta" tem a ver comigo, apenas lhes digo que é a soma de
"acontecimentos" que ouvi e vivi pela vida e, principalmente, é uma
certa tradução da alma feminina e também de relacionamentos onde, infelizmente,
presenciamos mulheres se doando muito
mais do que recebendo, de mulheres que esperam mudanças nas atitudes
do parceiro - aquele que muitas delas supõem suprir suas carências. Ou mesmo
para aquelas que não desistem de amar nunca e se veem em algum momento de
fragilidade (ou emboscada), pegas de surpresa por sorrateiro "lobo
travestido de cordeiro". Não devemos negar: tudo o que possamos julgar
ruim nos traz , sim, discernimento e evolução.Sempre! Certas coisas têm um
propósito de ser, mesmo que não as possamos
entender ou que, hoje, delas não tenhamos respostas.
Ocorre que a mulher continua evoluindo - mesmo que ainda,
para muitos, às avessas- e os homens continuam os mesmos ou pelo menos, a
grande maioria deles. E, acredito,que nós, mulheres, temos responsabilidade (
ou culpa) nisso , ou seja, "educamos", "alimentamos",
"incentivamos" , de alguma
maneira, homens a serem fracos, egoístas, covardes, incapazes de amar ou de se
doarem verdadeiramente a suas parceiras - principalmente as que ainda não se
descobriram revolucionárias em" reverter o quadro" e, por isso,
passam a vida a se lamentarem ou acabam por desistirem de amar ou ainda se tornam amargas e acham
que todos eles-homens-são iguais.
O texto abaixo pode servir àquelas mulheres- dependentes
emocionais- que ainda não entenderam que com a autoestima elevada, muito bem alimentada e por elas respeitadas,
jamais poderão atrair "vampiros" sugadores de sua energia, de seu brilho. Mesmo porque o amor (elevado!) que elas têm a
elas mesmas sempre estará em primeiro lugar.Mulheres que se amam não dão
brechas a homens de caráter duvidoso, a homens incapazes de amar!
Então, quem sabe, algum dia, mulheres bem-resolvidas possam
carregar consigo o lema: "Atrás - ou ao lado- de uma grande mulher, uma
bem-sucedida mulher, há ela mesma por ela e com ela!"
(...)
Seguem abaixo palavras perdidas em madrugadas frias,- de
tempos "vindos e idos"- agora resgatadas com outras nuances da alma feminina,
sempre tão surpreendente.
Caro Ex,
neste dia chuvoso e
frio, vieram me acenar as ditas cujas lembranças de outrora, quando nos cruzamos de forma inusitada, também em dia
frio, pós-chuva, porém em tarde de sol
entre tons de verdes, azuis, marrons, em
nuances brilhantes.
Vieram as sensações do inicio a me estremecerem. Vieram o
gosto e o impacto do primeiro
beijo, ardente e inesperado. Vieram as
gentilezas, a sua voz quente com palavras doces no meu ouvido, o nosso enrolar
e desenrolar sob lençóis cheirando a
maresia, sob olhares ardentes,
acompanhados das conversas gostosas nas gélidas madrugadas, sob o uivar
de ventos ferozes e o bater das ondas do mar, indolentes.
Vieram especialmente hoje, elas -as lembranças -,porque comi
o feijão da vizinha, feito com colorau –argh!
Porque me fartei de queijos e vinhos agora à noitinha, o que me remeteu àqueles
queijos que vc um dia prometeu mandar-me e que não chegaram até hoje! Dá pra entender, levando-se em consideração
as características do seu signo e também do seu caráter.
Vieram as lembranças porque chegaram as contas: a
da luz baixou e a da água também!
Porque a geladeira voltou a funcionar, porque voltei a dormir cedo – e sem
sobressaltos - depois que vc se foi. A
casa tá impecável sem suas estripulias: cuecas, toalhas e afins não mais há
espalhadas, amontoadas. Mas achei agorinha mesmo uma cueca sua e também uns
escritos seus em papéis amarrotados com números de telefones, em lugar questionável. E também porque do meu
tabletão de 1k de chocolate meio amargo (achei, agorinha, escondido) só restou a embalagem. Ah, e o pacote de
farofa aberto, ao léu!-olha ele aqui, também escondidinho!
Não há mais seu ronco ensurdecedor obscurecendo o silêncio
da noite enluarada e cúmplice. Nem seus gritos por ocasião de seus pesadelos do
além, pela madrugada afora.
Vieram as lembranças
, hoje, a me visitarem porque a fatura do cartão de crédito chegou e vc não
mandou o dinheiro que vc havia prometido mandar e lá estava a conta da nossa
viagem -feita às pressas -, à tal
cidade por motivo de (seu) trabalho, vc se lembra?
Vieram, de repente,
porque causou-me estranheza o seu não
mais pronunciamento com suas doces palavras “ardilosas”, as
mesmas que vc decorou, inclusive acompanhadas de letras de músicas pra dezenas de outras mulheres, dos 18 aos 80
anos!
(...)
Por aqui, vamos levando. “Seu” cão sente sua falta.
Não sabia até há pouco se eu
sentia a sua falta pela força do hábito-mesmo que esdrúxulo. Ainda há
pouco não saberia eu avaliar se esse
término de relacionamento fora uma perda ou um livramento. Agora sei
:foi um livramento.
Vim perguntar se você está bem, se continua tendo sonhos do
além, se continua com os remédios, se
largou o cigarro, se continua dizendo“eu
te amo” e “vc é a mulher dos meus sonhos, da minha vida” pra todas e “xavecando” outras tantas , se continua
gastando sua grana em botecos ou deixando rastros de sua bagunça – pra não
dizer outro termo - por onde passa....perguntas apenas, mesmo sabendo que posso
ficar sem resposta ou ouvir alguma resposta fantasiosa pra não dizer
ludibriosa. Ou mesmo algo tipo revanche: "A minha vida tá muuuito
boa", traduzindo, "Passo muito bem sem vc! rsrsrs.
Vim em paz, sem qualquer indício de cobrança rsrsrs, apenas
me divertindo com algumas lembranças!
Vim te contar que, graças a vc, voltei a estudar e tô me exercitando mais. E
que já sei pregar botão e também arrumar torneiras. Hahaha. Também te
dizer que já não sou mais tão incauta. E pra te falar
que tô me repaginando e repaginando a minha vida. Tô me reinventando.
Meu caro Ex, vim te
dizer que não mais acredito em
cara-metade; apenas em cara-inteira. E também que não me preocupo em encontrar
a pessoa certa pra mim, tão "errada" que sou.
Vim te falar que entendi o seu recado. De quando se foi
fazendo promessas, seguidas de distanciamento pra logo depois se
justificar do cansaço, do excesso de trabalho etc e tal por não poder falar
comigo; foi um curto espaço de tempo pra
reforçar o que eu já havia sacado lá
atrás. É que mulher gosta mesmo, meu caro Ex, é de se iludir, de sonhar, de fantasiar, não
é mesmo? E vc , meu Ex, tem o dom de
sacar isso – vc é Mestre!
e, principalmente, sabe que o ponto fraco feminino
ou o tal ponto G - tá mesmo é
nos ouvidos! Ô rapaz espeeeerrrto!
Não vim criticar suas novas amizades nem possíveis novos
amores, nem retomar aquele clima de guerra, nem dizer qualquer coisa que não
seja sincera.
Não vim propor amizade, não quero sua amizade, apenas que cumpra
o que prometeu, se a sua soberba e sua “hombridade” permitirem. Não se esqueça
de fechar todas as portas do passado, de quitar suas pendências, certo? Porque,
do contrário, a sua vida não fluirá. Afinal, sabemos existir, de fato, a tal “lei maior”, a lei do retorno : aqui se faz, aqui se paga, não é mesmo?
Vim pra te dizer para excluir a minha foto de sua página e
também para tirar o meu nome em “Referências” do seu Currículo. Desnecessário
aqui me aprofundar, né Ex?
Vim dizer que te
perdoo por vc não ser o que eu - um dia
- acreditei ser, apesar de todas as
evidências contrárias. E, principalmente, pra te dizer, ilustríssimo Ex, que eu te “liberto”. Mas só depois, claro,
que vc zerar suas pendências.
Vim pra dizer, enfim, que” a gente não se queira mal, apenas
não se queira mais”. E que fiquemos beeeeem
longe um do outro, depois de cumprido seu trato, claro.
E tudo o que deixei de dizer ou o que possa ser
(contraditoriamente ) entendido nas linhas acima, faça-se
esclarecer como luz faiscante em noites sem lua, noites de puro breu.
Ou, quem sabe, o tempo – ou a vida, melhor escola, mesmo para alunos que
insistem em não querer aprender com os desacertos -possa esclarecer ou ensinar
a vc e fazê-lo entender que não se tripudia em cima de ninguém, especialmente,
claro, das mulheres!
Seja feliz : é o que hoje te desejo, depois de cumprido o
trato e, principalmente, SEJA HOMEM - o
que bem sei, não é tarefa das mais fáceis
nos dias de hoje! E, principalmente, não se esqueça de que “quanto maior
a altura, maior o tombo” e que a vida é
uma caixinha de surpresas...tudo tão efêmero, tão fugaz!
Ah, se acaso tenha interesse em saber – vai que dias
difíceis lhe sobrevenham - devo-lhe
dizer que estarei deveras ocupada nos próximos meses também cuidando muito bem de mim, sendo feliz
e, acima de tudo, beeem sintonizada
...antenada com meu instinto - hoje muuuito
aguçado - de autopreservação, no tocante a certas espécies ditas
“humanas”.
E , ao seguir por estradas,
não mais sem rumo ou sem destino, certa estou de que eu não vacilarei em negar "carona" -
em minha vida -a quem quer que seja, que não tenha a ver com a minha nova
"roupagem".
Sem mais, espero que vc, meu "caríssimo" Ex , a quem
permiti que entrasse em minha vida e com quem aprendi muitas coisas e quem me despertou para tantas outras-apesar de
tudo o que se passou-, aja com prudência
ao se referir a minha pessoa, aquela que te estendeu a mão quando vc mais
precisou. Aquela que, de certa forma, te trouxe "sorte", te alavancou
pra novos bons horizontes.
Ah, espero que realmente
vc cumpra o "tal" trato, porque vc sabe como as mulheres reagem a certos comportamentos e
atitudes questionáveis- pra não dizer inaceitáveis- em um homem!
Tenha um "bom hoje", já que o amanhã -sabemos - é tão incerto...
Dia desses, em meio a uma miscelânea de informações, imagens
e notícias fakes, deparei-me com um teste do Face do tipo “como vc será
lembrado quando não mais fizer parte deste plano”. A princípio, ri muito com o
resultado; depois refleti sobre isso. Ressoaram-me as palavras da minha avó : “
Para morrer, basta estar vivo.” Quando menina, isso me soava assombroso por
demais. Mas a verdade é que...para morrer, basta estar vivo!rsrs.
Então, me lembrei dos meus tours com a monareta, minha
primeira bicicleta, quase sempre pela manhã, na avenida da Saudade – na época,
quase sempre vazia e não pavimentada,- que terminavam, muitas vezes, em visitas
ao cemitério da minha querida cidade-universo, Cosmópolis.
Eu achava o máximo a quietude daquele lugar - para muitos -
sombrio.Também causava-me um abismal estranhamento o “ final de tudo”. Eu
achava muito doido como tudo poderia terminar ali.
E me questionava por que tínhamos que morrer se a vida era
tão deliciosa de ser vivida. Naquela época, povoavam em meus pensamentos as
aulas de literatura do GEPAN, ministradas por Mestras inspiradoras: Doraci,
Ingeborg,Verinha. Elas me apresentavam autores que me marcariam para sempre e,
muitos deles, viriam calar certos vãos questionamentos na minha vida, quando já
adulta - Machado de Assis com “Memórias Póstumas de Brás Cubas” e Álvares de
Azevedo com “Lira dos Vinte Anos” me acompanharam por um tempo em minhas
divagações acerca da transitoriedade da vida, dentre outras coisas que
inquietam a alma da gente.
Entre túmulos, cheiro de velas, cruzeiros e canteiros
ressequidos eu ia andando e mirando as lápides que me despertavam a curiosidade
por informações sobre o que o morto tinha sido em vida- além de um ou outro
versículo bíblico ou a palavra SAUDADES ETERNAS, como *Epitáfio.
Uma certa vez, encontrei um deles em uma lápide que me
chamou a atenção pela simplicidade das palavras: “Aqui jaz um profissional
exemplar, marido dedicado e pai amoroso”.
Pois bem, dizem que a grandeza de um homem só pode ser
medida após sua morte, quando ,então, suas “obras” podem ser consideradas
definitivamente completas. É quando o livro termina e pode, afinal, ser lido.
Talvez o verdadeiro sentido da vida seja o de vivermos com o
objetivo de termos o melhor epitáfio que pudermos ter em nossa lápide. A cada
dia de nossa existência, deveríamos trabalhar na criação do nosso próprio
epitáfio, a ser utilizado no derradeiro dia. E, durante a vida, fazer dele a
diretriz para todas as nossas ações.
Bem, o verso de Álvares de Azevedo “Foi poeta - sonhou - e
amou na vida” tem mais a ver comigo se eu optasse por ter um epitáfio.Talvez
acrescentasse: “Aqui jaz alguém que viveu intensamente cada momento como se
fosse o último”. A verdade é que, segundo minha vontade, serei cremada - depois
de meus órgãos serem doados - e minhas cinzas serão lançadas, claro, ao
mar...ao sabor, som e dança de suas ondas.
A propósito, dada a fugacidade da vida, um certo
discernimento junto a uma certa maturidade, eu vivo o Hoje e procuro colocar em
prática o “ É preciso amar as pessoas como se não houvesse o amanhã” . Não
penso na morte, já não tenho crises existenciais, mas vez ou outra ainda visito
cemitérios. O último visitado foi o dos Pássaros, na Ilha de Paquetá - único no
Brasil. Há, ali, estátuas, monumentos de aves. Mas não há epitáfios. Rsrs
Então, como vc gostaria de ser lembrado(a)? Qual poderia ser
seu epitáfio?
*Epitáfio- do grego, “sobre o túmulo”- são essas frases
escritas geralmente sobre placas (lápides) de mármore ou metal, com a
finalidade de homenagear o morto sepultado naquele local.
(...)
Abaixo, seguem alguns epitáfios interessantes...
O epitáfio de Martin Luther King, por exemplo, um dos mais importantes líderes dos
movimentos pelos direitos civis dos negros nos EUA, o que lutou contra a
discriminação racial até a sua fatídica e precoce morte diz: “Livre
finalmente,/ Livre finalmente,/ Obrigado Deus Todo-poderoso,/ Eu estou livre
finalmente."
"Vejo você na próxima vida. Não se atrase ." Jimi
Hendrix
"Disse o corvo, 'Nunca mais'."Allan Poe, em alusão
ao seus célebres versos, retirados de sua obra mais famosa, o poema “O Corvo”.
O “túmulo simbólico” de Freddie Mercury também tem uma das
mais famosas epitáfios de estrelas do rock. Em uma estátua situada perto do
lugar onde suas cinzas foram lançadas, diz o seguinte: ". Amante da vida,
o cantor de canções".
"E lágrimas desconhecidas encherão para ele/ a urna da
Compaixão, há muito trincada./ Pois quem o pranteia são homens proscritos/ e
esses choram sempre." Oscar Wilde, transcrição dos versos finais do
capítulo IV da Balada do cárcere de Reading.
(Machado de Assis-Memórias Póstumas de Brás Cubas)
Saí, afastando-me dos grupos, e fingindo ler os epitáfios.
E, aliás, gosto dos epitáfios; eles são, entre a gente civilizada, uma
expressão daquele pio e secreto egoísmo que induz o homem a arrancar à morte um
farrapo ao menos da sombra que passou. Daí vem, talvez, a tristeza inconsolável
dos que sabem os seus mortos na vala comum; parece-lhes que a podridão anônima
os alcança a eles mesmos.