Pessoas que marcam pra sempre! |
Elas são irmãs, são parceiras na vida, na garra e na determinação. Essa parceria é linda de se ver, de se sentir! E é
a lembrança dessas duas incríveis
meninas, amigas queridas que, hoje, nesta madrugada fria, me inspira. Ambas são do elemento Terra, o que traduz senso de justiça, perseverança, solidez, resistência ,
disciplina e, principalmente, os “pés no
chão”, arraigados a suas origens.
Eu as conheço há muito tempo, desde sempre: dos tempos de
Usina Ester, na colônia, em tempos de Paredão; depois na “vila”, em Cosmópolis,
em bailes e festas. E, com elas, dividi
muitos bons momentos!
Elas são filhas de Domingo – por ter nascido em um domingo, fora assim batizado o pai das
meninas - e de Helena, progenitores
descendentes de italianos, de cujas famílias de imigrantes se fizeram em Cosmópolis.
Domingo, mais conhecido como Seu Tote, o severo pai,
com uma
certa rudeza nas atitudes e
comportamento - um “turrão”, “um cabeça-dura” para uns; grosseiro ou “casca-dura” para outros –deixaria rastros indeléveis na educação dos filhos
(elas também têm um irmão, o Juca ) pela
intransigência, pela severidade, pela ausência de sutilezas no trato com os filhos, pelo jeito inflexível
de ser: uma pessoa emblemática, figurinha carimbada em muitos “causos” da
cidade. Chegam a ser cômicos os relatos sobre ele, tamanha a “sisudez” desse
senhor. Mas, a despeito dessa
não-demonstração de seu afeto
para com a família , Domingo sempre foi
um homem trabalhador-nesse quesito, inquestionável, muito bom profissional!
Helena, a mãe, contrapõe ao pai com sua leveza de ser, com sua doçura, com
seu jeito terno de ser. Sempre engoliu seco as “má-criações” do homem que escolhera
para ser seu companheiro até que a morte os separasse. Helena, de nome
inspirador, que poderia nos remeter “ a mulheres de Atenas”, a Helena do
Domingo- sim!-, também poderia servir de
inspiração para poetas, músicos e também musa em centenas de versos de tantas canções ou
protagonista de grandes histórias. Caberia muito bem a essa mulher tão querida,
tão humana, tão sábia e, principalmente, batalhadora vitoriosa, todas as deferências e reverências.
OS PAIS DAS MENINAS: SEU TOTE E DONA HELENA |
Pois bem, então as
meninas cresceram e, entre tantos espinhos e algumas certas ciladas do Destino,
seguiram elas determinadas com Fé e, principalmente, alimentadas pelo
Amor de Helena. Em alguns momentos foram mal interpretadas; em outros,
discriminadas. Porém, seguiram elas pela vida, sendo coroadas pelo êxito de
realizações inúmeras.
Tornaram-se lindas mulheres não só na aparência – elas
arrancavam suspiros por onde passavam!-, mas em suas lindas essências cristalinas que, ao nosso primeiro “olhar além”, transmitem generosidade, compaixão,
solidariedade e, principalmente, a sensação de meninas muuuito do bem!
Estudaram, formaram-se excelentes profissionais, viajaram pelo mundo,
vivenciaram situações lindas. Hoje são
respeitadas, admiradas – e, por vezes, até invejadas! E o melhor de tudo: ainda
preservam o mesmo jeito de ser e de sentir a vida.
As meninas – haha – são elas, as irmãs Gagliardi, a
Izabel e a Maria Helena. Pronto,
falei!
A Izabel – Bel - tem um jeitinho meio turrão – ih, acho que
é do Seu Tote- que funciona como escudo
pra se defender de outras possíveis “
ciladas”, mas sempre foi doce, sensível demaaais da conta! E, com todos os
desafios a ela impingidos, tem se saído muito bem em tudo a que se propõe fazer. O jeito dela que, por vezes, traduz
certa melancolia ou uma certa tristeza ; talvez seja porque Saturno ,o planeta que rege o seu signo , tenha a
estranha mania de conduzi-la ,por vezes,
a um comportamento restritivo-pessimista que pode levá-la a uma certa
introversão ou isolamento. Nada que
Mercúrio, o que rege o signo da Maria Helena, não possa amenizar já que esse
planeta, mais próximo do sol, representa a infância com seu transbordamento de
vitalidade e ação!
LENA E BEL: BELAS E ADMIRÁVEIS MULHERES |
A verdade é que essa menina, a querida Bel, tem um poder que ela nem desconfia que
tem. E o magnetismo que ela exerce sobre as pessoas ao redor dela é algo
encantador! (E, a qualquer momento, quando ela estiver pronta, muitas lindas surpresas serão lançadas em seu
caminho).
A Maria Helena - Lena
- é a outra menina por quem tenho grande
admiração. Ela me acompanhou mais de
perto em tempos áureos e, juntas, vivenciamos grandes momentos de uma época muito bem vivida.
Tem um fato que me marcou. Foi em uma ocasião em que
certa forasteira, “travestida” de colunista social , disparou aos quatro ventos
que ela era uma “DESLUMBRADA” –
ao que ela não rebateu, apenas baixou o
olhar. Sofreu calada a injúria. E o tempo provou quem era quem. Ah, o tempo, o
grande senhor da verdade! E pra que
rebateria Maria Helena, digna e
sábia, se a vida deu a ela o que a maioria
desejaria ter, tempos depois?
Hoje ela tem uma
linda família-sua herança, sua bênção maior- e, a despeito de qualquer coisa que se questione, resgatou tudo o que a
vida, um dia, havia lhe negado.
A simplicidade, a humildade e a honestidade
dessas meninas são tocantes. É
o que me encanta , o que me
inspira. Pode o tempo passar, ,ficarmos
anos sem nos falarmos mas quando
nos reencontramos, nós nos reconhecemos
– quer sejam pelos lindos momentos ou
por outros não tão lindos que vivenciamos, mas sempre por laços que nos remetem
a uma certa cumplicidade e admiração. Sempre!
Ah, não posso terminar sem mencionar aqui que o Juca saiu-se
uma pessoa admirável!
Não é que a “mistura” do Sr. Domingo-Seu Tote- com a D. Helena rendeu lindos e bons frutos?
Ué, não é “pelos frutos que se conhece a árvore”? Pois, então, constatem vocês
aí se assim não é?
E essas meninas seguem juntas, mais unidas do que nunca,
solidárias a causas nobres, meninas com sutilezas de alma, meninas de atitude!
Pessoas que sabem a que vieram!
Meninas da minha terra...pessoas que, por onde passam, marcam pra sempre!