Rosana Gimael Blogueira

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quinta-feira, 12 de novembro de 2015

ALMA DE NOIVA

Diferentemente da grande maioria das mulheres, eu nunca sonhei em me casar e, principalmente, sempre fui  avessa ao convencional, ao tradicional e, claro, aos rituais das cerimônias de casamento, da Igreja à festa.

Vejam  bem, eu utilizei o verbo no passado. Eu nunca sonhei em me casar até encontrar Luigi e por ele me apaixonar e, com ele, sonhar, fazer planos e  senti-lo como o  primeiro e o último amor.
Eu o conheci em uma das minhas viagens inusitadas entre montanha e praia, sozinha. Deparei-me em uma encruzilhada, com Zeus – meu deus grego, Luigi- a pedir carona, já que o carro dele estava ali no acostamento com problemas no motor.  Não costumo dar caronas, mas algo muito forte me impelia a fazê-lo e fui o que fiz, sem pensar duas vezes.

E lá fomos nós na estrada esburacada e empoeirada à cidadezinha mais próxima onde eu estava hospedada –  a   cidade-natal  dele – mística, adorável, no alto das montanhas mineiras.
E, no caminho, entre uma trilha sonora deliciosa e papos também pra lá de interessantes, trocamos telefones. Entre mensagens e telefonemas e novos encontros, engatamos  um namoro que durou  dois anos. Graças a ele, o Luigi, a seus encantos, ao que junto dele vivi em tão pouco tempo, não pude evitar  e sucumbi ao desejo de me casar com toda pompa e circunstância. Sim, esse homem feito pra mim, despertou em mim sentimentos os quais nunca havia eu sentido. Tudo nele é inspirador: a sua sensibilidade, a generosidade, o jeito de cuidar das pessoas, dos animais, da natureza, a paciência dele para comigo, a cabeça fervilhante dele recheada de ideias fascinantes e o olhar dele ao mundo a sua volta me seduziu, me encantou, me fez sonhar,  idealizar coisas com as quais nunca havia sonhado. E, claro, colocá-las em prática!

E, então me coloquei a pensar, por que não reverenciar esse nosso amor, sacramentá-lo diante de Deus e dos homens? E  por que não “ingressar”  no ritual que eu sempre rejeitara?
 Como diria minha avó,  haveria um dia em que chegaria o homem certo em minha vida, em que eu sentiria um certo “clique” rsrs  e, com certeza, eu mudaria de ideia! Pois foi assim mesmo. Senti  o tal “clique”, a sensação de que eu o conhecia há milênios,  um certo pertencimento, um reconhecimento de almas afins. Senti  em Luigi o companheiro-amigo-confidente-cúmplice-amante-alma  gêmea e tudo o mais,  inexplicável em palavras. Temos uma sintonia afinada de corações, de mentes, de espíritos além da nossa “química” de corpos, de pele – claro.

Daqui a dois dias estarei casada. Tudo – da cerimônia no civil e no religioso à festa-  foi planejado nos mínimos detalhes por nós dois,  inclusive a trilha sonora que nos embalou.  O bacana é que ele participou de todos os detalhes, pacientemente.  Lógico que sobre o meu vestido ele nem sequer imagina o quão impactante será.


Devo-lhes confessar  que estamos  mais confiantes que ansiosos, pois fomos ciceroneados e respaldados  por profissionais de indiscutível gabarito. Além, claro, de termos a certeza do nosso amor, de que fomos feitos um para o outro!

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