Acordar em uma
segunda-feira chuvosa com a notícia da partida do meu Ziggy Stardust foi
dolorido demais...
O mundo seguirá –com certeza- sem David Bowie, mas com nuances
diferentes, muito diferentes.
David Bowie habitou em minhas fantasias de pré-adolescência e
perpetuou em minha vida adulta, durante muitos momentos lindos celebrados ao
som de suas canções e embalados por suas performáticas atuações.
Lembro-me de presenciar frente a um televisor em preto e branco a chegada do homem à Lua,
lembro-me logo depois ouvindo Space Oddity, lembro-me da minha infância lúdica
na casinha de brinquedos, no fundo do quintal na casa do meu vô Honorato, em Cosmópolis, na década de 70 e, logo depois, me extasiando com os “bolachões” de capas “surreais” da minha prima Soraya, com
as músicas Fame, Golden Years , Heroes, Boys Keep Swing, daquele moço lindo que
me confundia, me deliciava e me
extasiava entre imagens e sons , com voz
deliciosa, que me fazia viajar por outras galáxias, por mundos desconhecidos,
que me fazia sonhar- e também a todos a seu redor.
Minha mente hoje retrocede a um passado lindo...perpassa por
minha gravidez, dançando em frente ao espelho com “Dancing in the Street” , (Bowie
and Jagger), Starman ( e depois, em outra versão – O Astronauta de Mármore- com
Nenhum de Nós) e segue por luares cheios...de novo embalada por David,
enlevada pelas fantasias, pelas cores,
pelas adversas performances, pela presença “ camaleoa” de David...
Acordo, hoje, onze de janeiro de 2016, com David ...artista inigualável que soube a que veio ; que soube a hora de chegar, a hora de
partir...estrela de inconfundível grandeza que nunca deixará de brilhar em minha memória,
em meu coração, em tempos pra sempre lindos, de fúlgidas cores!
David Bowie partiu em silêncio, mas deixa seu rastro
retumbante no Planeta, ressoando intergalaticamente ...para sempre!