Rosana Gimael Blogueira

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terça-feira, 27 de outubro de 2015

A MÚSICA E EU...PARTE II

Resolvi  ouvir  as  últimas  vertentes da música desse nosso país – sempre com repertório tão vastamente peculiar. E reouvir algumas outras do passado.
Sou extremamente ligada nessa linguagem através da qual consigo encontrar uma conexão maior e que, de certa forma, me exorciza de certas turbulências que, por vezes, têm o hábito de me visitarem. Na maioria das vezes, são turbulências do bem, proporcionam-me uma “vibe”   interessante e é quando sinto um vibrante pulsar que me dá uma sensação de que estou na vida pro que der e vier. E sem elas, essas minhas hóspedes transitórias, tudo seria menos colorido...tudo seria tão  insosso!

O bacana é que consigo sempre ser espectadora de um filme e isso me faz sentir ter o controle remoto pra pausar, retroceder, avançar, rever rindo muito ou  chorando numa  boa, sentindo a mescla dessas emoções e, depois disso, me permito abrir-me para novas sensações do meu presente.
E entre um acorde aqui outro acorde acolá não tem, claro, como  evitar  de viajar através das letras (como a maioria)- que fala de amores, de fácil entendimento,  estilo coloquial bem eloquente - das personagens e suas histórias e  vida pregressa, dando asas ao coração e à imaginação.
Nesses momentos vou esparramando coisas e coisas não me preocupando em me fazer ser entendida. Me  alegraria se um ou outro pudesse apenas sentir o quanto somos frágeis na área do bem(ou mal) amar.  Ou ainda se pudesse driblar –em melodias e letras- a sisudez de certas situações e ou embaraços que vamos encontrando pela vida. A linguagem da música é a voz da alma que, em certos momentos,  precisa se fazer presente, entendida, acarinhada.
Entre lágrimas e sorrisos cada qual convive com o enredo e ou consequências de suas escolhas, muitas vezes sem escolhas rsrs. E cada um de nós  tem seus mecanismos de defesa, ataque ou contra-ataque...ou somos ou estamos quase sempre indefesos quando se trata das tênues relações do coração com o mundo, de nós com o outro-íntimo ou estranho; ou aquele que nos foi íntimo um dia e hoje é mais estranho do que qualquer outro estranho rsrs.
E quando  se trata de sentimentos mal resolvidos nos pegamos nos questionando sem ter respostas. E a palavra de ordem é bola pra frente dentre tantas outras “gotas de sabedoria” para que sigamos em frente sem olhar para trás. Parece simples. Se assim o fosse não veríamos tantas pessoas tão desencontradas- exceto , claro, em álbuns de retrato e em redes sociais onde todos são felizes, realizados ou se revelam em atitudes e palavras sinalizando que algo não anda nada bem e acabam por deslizarem ao revelar as tais fraquezas tão nossas, tão humanas, tão inquestionáveis e  -  quase sempre - tão mal interpretadas ou mal digeridas.
Mas voltando à música, preparei aqui uma coletânea de canções não tão famosas nem tão nobres e ou antológicas, mas traduzem dores do coração, da alma, do espírito. Algumas  delas  revelam sensações, sentimentos  inerentes ao humano, não tão “tocantes” nem tão “corretas”, românticas ou não , ou outras que não nos enlevam ou, digamos, acrescentam. Mas tornam-se interessantes à medida que se propõem dizer pra certas pessoas ou até pra nós mesmos coisas que nem sempre temos coragem de  verbalizar.
 Espero que possam, em momento oportuno, ouvi-las em momentos descontraídos  pra rir, chorar, dançar, refletir, inspirar.  A pretensão  é a pura diversão. Ou apenas sentir...Puro deleite. 
                                                            
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