Comprei uma bicicleta. Voltei aos bons tempos...
Andar de bicicleta não é um desejo novo, mas o resgate de uma
paixão antiga.
Quando criança, em vez de
boneca, eu pedi de Natal uma bicicleta e ela chegou linda, vermelha...e
varei a adolescência com ela, com a
Monareta vermelha, pra cima e pra baixo.
E aí veio a Caloi com marchas, com a qual atravessei minha juventude.
Eu desaparecia pelas ruas de Cosmos, pelas estradas de terra, com o vento batendo
no rosto. Amo o vento batendo no rosto, despenteando cabelos, ”orbitando”
pensamentos. Oscar Wilde dizia que só os tolos amam o vento. Eu sou uma tola
romântica...amo o vento.
Andar de bicicleta é liberdade. Bicicleta é um meio de
transporte sem nenhuma amarra, não tem trânsito, não tem combustível, não tem
contramão. Qualquer esquina que eu cismo de dobrar me serve, descobrindo, a
cada momento, novos lugares.
Garopaba é um convite para pedalar: uma grande planície cercada
por montanhas e lindas praias. Tudo é inspirador, até o vento tipo minuano que
aqui sopra dia e noite, incessantemente, é inspirador. Aqui, eu ainda não soube
o que é suar ... dizem que, mesmo no verão, o vento dá o ar da graça todas as
noites...
Pedalar em estradas boas e ser respeitada no trânsito é tuuudo
de bom!!!
Pedalar e pedalar tem
sido minha constante prática, entre verdes, muuuitos verdes e azuis,
muuuitos azuis. Pegar a minha “esbelta” ( não gosto do nome magrela) e sair por
aí , fazendo tudo com ela, de manhã, à tarde ou à noite, não tem preço.
E ainda tenho a companhia da minha Princesa, uma cadela incrível
e seus novos amigos, Marrom e Bandit, que se instalaram comigo aqui, a poucos metros do mar!
Pedalar sentindo o vento, sentindo a natureza com todas as suas cores, com toda a sua
exuberância, pedalar ouvindo o ruidoso canto dos pássaros é muito mais que
prazeroso, é a mais pura e prosaica tradução de liberdade!!!